sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O Amigo Desafio

Eu gosto de desafios
Por testarem as limitações;
Revelando indefinições,
Atiçam os meus brios!

Um amigo fiel e querido
Quer que enfrentes as batalhas;
Encarando os piores canalhas
Sem mensurar o perigo!

Um amigo te dá asas
Mesmo tendo o conhecimento
De que tu pisarás em brasas!

Ele apóia o seu tormento
Pois sabe que nele se embasas
Para evoluir em doce alento!

(João Paulo Moço)

A Flor Lendária

Serias tu a flor lendária?
Que tem o poder dos grilhões quebrar?
E o coração oprimido abrandar
Com a beleza do amor, libertária?

O teu sentimento, puro e singelo,
Em meu coração, lançou a teia;
Onde, as mais doces virtudes semeia,
Fortalecendo, em gradação, poderoso elo!

Oh! Nobre dama! Eu não mereço
Um amor cuja intensidade provei,
Que não tem limites, medida ou preço!

Felicidade que jamais trilhei!
E o mesmo, a ti, ofereço:
Tudo o que nem em sonhos ousei!

(João Paulo Moço)

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O Engodo

O velho transborda esperança
Em seu discurso inflamado;
Revela um futuro sonhado
De justiça, progresso e bonança!

Seus olhos vêem a solução
Em um mero partido político;
Libertador e quase mítico:
Mergulha em vã ilusão!

Seu sistema nada mais cria
Que um doce e atrativo engodo
Maculando a primitiva harmonia!

Nunca governará para o todo
E sim a quem o financia
Afundando todo o resto no lodo!

(João Paulo Moço)