sábado, 27 de abril de 2013

Encontro com o Czar da Alma



Somos filhos de pais que se foram! 
Sem preparo, sobreviventes da acridão!
E o poeta, no auge da virtuosidade,
Nos indaga: "O que é felicidade?"!

Ouve a todos com extrema tranquilidade!
E em sua fala..., Deus! Hegel tinha razão!
Suas palavras revelam a linda coabitação
Da loucura em uníssono com a serenidade!

E num rápido momento, a catarse em poesia:
Lembranças e emoções combinadas em simetria,
Com belos versos, nos motiva o pensar!

E ensina: "A vida é a própria arte sublime!
Ignorar sua beleza é o maior crime!
Somos seus artistas! E nosso papel é amar!"!

(João Paulo Moço)

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Iminente Fechar dos Olhos

Já é hora de partir!
Com a noite, dar lugar ao dia!
Render-me à escuridão sombria
E nada mais sentir!

Ah! Tantos amigos eu tinha!
E hoje, não tenho a mim mesmo!
Foram tantos golpes, a esmo:
As pragas destruíram a vinha!

Sim! Já posso ver o abismo
Onde sofrerei o cismo
Derradeiro e avassalador!

Rio de sangue, chora minh'alma
E cada gota lhe acalma:
Enfrenta a morte sem temor!

(João Paulo Moço)

Considerações da Alma

Os primeiros raios de sol tocam minha pele,
Trazendo energia dos confins do universo!
Suavemente, conduzem o meu verso,
Encorajam a alma: "Que se revele!".

Tímida, frente ao futuro incerto,
Tem medo da brusca mudança
E, ao mesmo tempo, tem esperança:
Tudo encara de coração aberto!

Felicidade: todos querem tê-la
E, quando a tem, não querem perdê-la:
Desejamo-te sempre mais e mais!

Mas, o espírito humano é engraçado:
Por mais que a tenha encontrado,
Sua ambição não se satisfaz!

(João Paulo Moço)

À Deriva

O meu maior desejo é ter tempo
Como a nau deseja o vento;
Para o mundo poder explorar,
Exaurir o sonho e navegar!

Estou em meio à calmaria,
Obra perfeita da engenharia;
De um sistema selvagem:
Da felicidade, estou à margem!

Círculos! Em círculos, caminho
E quando regresso ao ninho,
Percebo um esforço em vão!

Mais um dia sem criar nada
Fez de minh'alma cansada:
Bate por bater, um coração!

(João Paulo Moço)

A Estrela-Guia

Uma estrela brilha no horizonte!
A mim, ela serve de fonte
Da mais pura inspiração!
Brilha, tendo ao seu redor
A escuridão, onde mora o pior,
Cintila no pulsar do coração!

Das trevas, saltam várias atrações
Que não passam de sórdidas ilusões
Mas, ela segue firme em seu propósito!
E voa a sonhar pelos ares,
Deixando a podridão, cruza os mares:
Tesouros dormem em seu rico depósito!

E hão de despertar num lindo dia!
Tal como salvaram-me da lama fria,
Hão de resgatar outra criança!
Sem violência ou dor, suavemente;
Lançando fora o mal que sempre mente,
Enchendo um coração de esperança!

(João Paulo Moço)

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Sonhando Em Ser Poeta

Choro em rimas infantis!
Sofro em versos imaturos!
Sonho um melhor futuro!
Lembro os ultrapassados, senis!

Ah! Se tivesse o dom!
Minhas palavras no ar,
Um coração a ressuscitar,
Tocando um forte som!

E nessa melodia
Eternamente, eu viveria!
Um coração feliz,

Dá vida ao seu redor,
Tira da lama o pior
Transformando-o no que sempre quis!

(João Paulo Moço)

Mais Um Dia

A bela passa
E parece voar!
O ambiente a inundar
Com toda sua graça!

Os idosos bradam conselhos,
Experiência aos mais novos;
Criticam o costume dos povos,
Levantam bandeiras, de joelhos!

Todos correm atrás do pão
E atrás, vem o ladrão:
Deus, imploramos clemência!

Aqui, sentimentos medonhos
Se misturam aos belos sonhos,
Na luta pela sobrevivência!

(João Paulo Moço)

terça-feira, 23 de abril de 2013

Te Quero Para Sempre

Em meses, vivemos anos!
Um amor em intensidade;
Que toca a voracidade,
Jamais visto entre humanos!

Sim, ele veio do céu!
Na tristeza ou alegria,
Está em nossa galeria,
A união em troféu!

Ela é nosso segredo:
Aprendemos desde cedo,
Postura sábia, inteligente!

E hoje, o que mais almejo,
Meu tão sonhado desejo,
É tê-la eternamente!

(João Paulo Moço)

domingo, 21 de abril de 2013

Verde e Amarelo

Brada o brasileiro em suas festas:
"Oh! Amada bandeira! Composição bela!
Transbordando as riquezas, és amarela!
No verde, a majestade das florestas!"

Deste pensamento, peço a abolição:
Que cesse tão podre semeadura!
Tua bandeira abriga assustadora figura: 
No verde mora um faminto dragão!

Exato, brasileiro! Perca a esperança!
Tuas cores provém de antigos burgos:
Teu verde vem do dragão de Bragança

E o amarelo, da Casa de Habsburgo!
São Leopoldina e Pedro, em aliança!
Abandona teu espírito dramaturgo!

(João Paulo Moço)

sábado, 20 de abril de 2013

Geraldo Vandré

Mais um festival se passou,
Plantando um turbilhão de ideias;
Alegria da gente plebeia,
Que a melodia iluminou!

O povo cantou e sorriu,
Bradou, relembrou-se;
Ouviu, revoltou-se,
Chorou e aplaudiu!

E, nas lágrimas, navega
O injustiçado por gente cega,
Um sonhador, poeta!

Chama o povo reprimido
A deixar de ser oprimido
E um governo de chumbo, lanceta!

(João Paulo Moço)

sexta-feira, 19 de abril de 2013

A Relatividade da Vida


Em algum ponto do vasto universo,
Está sendo escrito um verso,
Destinado a um ser vivente!
Cuja existência é presumida
Pelo fascínio mágico da vida,
Incompreendido à pequenez da mente!

Mas, até a pequenez encanta,
Porque as maiores distâncias suplanta,
Caminhos que o físico jamais alcançou!
Então, aqui, sentado à mesa,
Eu rompo qualquer represa,
A prisão, hoje, se quebrou!

Agora entendo como tudo é relativo,
Como o verme mais frágil pode ser altivo
E o mais poderoso pode sucumbir!
Aproveitemos todo e qualquer momento,
Como loucos, esfomeados e sedentos:
Não sabemos quando é tempo de cair!

(João Paulo Moço)

Aos Teus Pés

O Sol desponta no céu
E encontra um ser sorridente;
Com fervor, ele sente
O amor tirar o seu véu!

Ah! O amanhecer
Possui infinitas virtudes
E nem o homem, em suas inquietudes,
É capaz de todas conhecer!

A Grande Mãe Natureza
É rainha de todas as belezas,
Por Deus, abençoada!

Eu a vejo despojar-se
E, humildemente, curvar-se
Aos pés da minha amada!

(João Paulo Moço)

O Rouba-Sorrisos

O velho mau-humorado
Com sua carranca sisuda;
Reprova toda conduta:
Possui um maldito arado!

Ele tem um desejo ardente
De preparar os rostos;
E cultivar o desgosto,
Espalhando tristes sementes!

Estampado em seu semblante,
Uma luz fraca, minguante,
Numa testa cheia de frisos!

Um ser alegre, ao vê-lo,
Topa com um pesadelo:
"É o velho rouba-sorrisos!".

(João Paulo Moço)

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Eu, Dadaísta?

Eu só quero me calar!
E o silêncio, poder ouvir!
Não quero mandar nem servir!
De tudo, me libertar!

O porquê, sempre me indagam!
Estou cansado de explicações;
De ouvir e dar sermões,
Das ideias que se exalam!

Para quê insistir, ser gaita de fole
Se, ao final, a podridão nos engole,
Consumindo-nos em grande festa?

As ideias são como celas
E hoje, sou contra todas elas
Sem exceção, incluindo esta!

(João Paulo Moço)

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Hoje, Percebi-me Sozinho

Chegando ao antigo lugar,
Não vejo mais os amigos;
Que me aconselhavam nos perigos
E me ouviam desabafar!

Cá estou eu, sozinho!
E o som traz a lembrança
De um jovem em esperança,
Louco para deixar o ninho!

Desbravar o mundo inteiro!
Palmilhá-lo, um viandeiro!
Sentir a emoção!

E hoje, em meu interior,
Vejo um fraco, perdedor,
Escravo da solidão!

(João Paulo Moço)

Ao Fim da Vida

Muitas lágrimas já rolaram
Pelas linhas de meu rosto;
Frutos de dor e desgosto,
Ao meu coração transpassaram!

As mesmas linhas construíram
Em uníssono e nostalgia;
Expressões de plena alegria!
Ah! Como já sorriram!

O que levamos da vida?
Da tristeza sofrida?
Do prazer extasiado?

São muitos grãos ao vento:
Dos bons, os próprios momentos;
Dos maus, o aprendizado!

(João Paulo Moço)


Fonte do meu amor

Dedico o olhar do mundo
E o dedico só a você;
A dama que me provê
Do sentimento mais profundo!

Amor! Ah! O amor!
Ele moveu os profetas;
E mergulhou os poetas
Em universo abrasador!

E o cosmo, estou
Voando com asas de grou:
Imagem jamais sonhada!

E tudo isto por ti!
Criatura igual, nunca vi,
Fonte do amor, minha amada!

(João Paulo Moço)

Gratidão Eterna

O teu sorriso acalma!
O teu olhar consome
A tristeza sem nome,
Os martírios da alma!

A tua presença cria
Solo fértil, acolhedor
Às sementes do amor:
Abrigo em madrugada fria!

Como Deus Todo-Poderoso
Criou um anjo tão formoso?
Mistério da Imensidão!

A mim, pequeno ser,
Não cabe o entender:
Apenas a gratidão!

(João Paulo Moço)

terça-feira, 16 de abril de 2013

Sem Inspiração

Minha inspiração se perdeu
E nada quero cantar;
Meu desejo é repousar,
Vê-la perder-se no breu!

Se for tocar a lira,
Gritarei o desrespeito;
Que massacrou o meu peito,
Queimando-o em grande pira!

Num escasso tempo vago,
Abro um livro que trago
E ponho-me a viajar!

No amor exagerado,
Intenso e delicado,
Identifico o meu amar!

(João Paulo Moço)

O Ciclo

O velho resmungão tomou conta de mim,
Bradando problemas em narração sem fim,
Exaltando o lado negativo da vida!
Devora ferozmente os espaços,
Firmando, com certeza, o laço,
Numa realidade fria, sofrida!

Oh! Que atmosfera criei!
Lembra os pesadelos que sonhei
Nas terras da rainha tristeza!
Onde minhas lágrimas eram troféus,
Onde meus sonhos eram réus
E minha dor divertia a realeza!

Por muitas vezes, visitei estes domínios!
Lugar sem cor ou fascínios!
Por que sempre estive a regressar?
E este pensamento logo sente,
Que o escuro flagela minha mente
E segue estranhamente a viciar!

Neste ciclo constante
A chama segue errante,
Enfraquece em minh'alma!
Quase deixa de existir
Num lento exaurir:
Derrota serena, calma!

É no brilho agonizante
Que encontro a força do "avante":
Uma herança sagrada!
A luz que beijou a morte
Cresce, tornando-se mais forte
E volta a ter esperança!

(João Paulo Moço)

sábado, 13 de abril de 2013

Meu Sábado

Vinícius, João e Jobim
Embalam o meu ambiente;
Uma nota só, calma, envolvente;
Meditação toma conta de mim!

Recordo Werther em seu sofrimento,
Admiro a névoa em mar;
E tudo me faz sonhar,
E tudo me lança ao vento!

Neste clima, tu chegas!
Num sorriso, me desejas
O melhor que posso ter!

Lá fora, a chuva cai
E a bela em meu peito recai,
Dando mais do que posso merecer!

(João Paulo Moço)

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Imensidão Ofuscada

Ah! O mar!
Há tempos não o vejo!
Em ti, o meu desejo
De, o mundo, conquistar!

Mas, o que é aquilo?
Um prédio colossal!
Olhar sempre encontra igual
Retas, setas a feri-lo!

Bela visão, de partida!
E o retilíneo, sem vida,
Propaga cimento e tristeza!

Reflexo de todos nós
Que, antes, éramos sós:
Aventureiros como a natureza!

(João Paulo Moço)

O Sabiá

Com o Sol a raiar
Em visita ao Ocidente;
Naquela pedra, imponente,
Um sabiá a descansar!

O selvagem olhar
Fitou-me por um instante;
Parecia um ser pensante,
Lamentando o meu penar!

De sanidade, já tenho pouco!
Mas, estaria eu louco?
Seria esta minha verdade?

Corta-me, sem demora!
Bate as asas e vai embora!
Imitando a felicidade!

(João Paulo Moço)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Num Segundo

Se aproximam os faróis,
Velozes e cegantes;
Em direção a mim, errante,
Como dois grandes sóis!

Um segundo se congela
E nele passa minha vida:
Ora feliz, ora sofrida!
O tempo se rebela!

Vejo a criança brincando,
O adolescente sonhando
E o adulto voar alto

Em todas as direções,
Repousando em frações:
Uma pasta no asfalto!

(João Paulo Moço)

A Bela Triste

O telefone toca
E a bela atende, apressada;
No brilho dos olhos, desesperada,
A verdade que sufoca!

Do olhar penetrante,
Caem, com toda força;
Lágrimas! Oh! Pobre moça!
O mais triste dos semblantes!

"Mamãe, adeus!",
Ela pede a Deus
Ser, de novo, criança!

Levanta e vai embora,
Sem o norte de outrora,
Sem chão ou esperança!

(João Paulo Moço)

Maldita Imperfeição

A decisão em participar de sua vida
Foi norteada no que sempre quis:
O desejo em fazer-te feliz,
De forma jamais vivida!

Malditas sejam minhas imperfeições!
Elas frustram os meus passos;
Fazendo os mais belos traços,
Serem as suas decepções!

Não aceito ser motivo de sua tristeza!
Preferia, com toda certeza,
Sofrê-las eu, cem vezes cem!

Se nas coisas que te faço,
Como um tolo, eu fracasso,
Sou capaz de algo fazer bem?

(João Paulo Moço)

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Um Alívio, Sem Gelo!

Por favor, um caubói!
Pois gelo é água!
Álcool encerra a mágoa
Que meu peito destrói!

Que boa música o acompanhe
Fazendo-me sonhar dias melhores;
E esquecer os tempos atrozes,
Onde eu não mais apanhe!

A vida bate forte
Naqueles que não têm sorte:
Tristeza que nos corrói!

Vamos queimá-la sem fogo!
Vamos vencer esse jogo:
Garçom, mais um caubói!

(João Paulo Moço)

O Incompreendido Sonhador

Mais uma vez, o trabalho faltou,
Sonhando até mais tarde;
Sem correria ou alarde,
Sem o trem que lotou!

E os outros dizem: "Vagabundo!
Vive a vida a vadiar!
E tanta gente a batalhar
Para mover este mundo!".

Ele quer seu próprio show
Embalado à Rock'n'Roll:
Seu genuíno sonhar!

Sem o sono apressado,
Faz do seu desejo alado,
Sem, aos outros, se dobrar!

(João Paulo Moço)

Contas a Pagar

No dia do seu nascimento
Recebes o tapa inicial:
Cai a fita inaugural
De uma vida em pagamentos!

Paga-se a diversão
Por mais simples que seja;
Mais dinheiro se despeja
Em sua educação!

Paga-se o consórcio,
O casamento, o divórcio,
Os filhos a crescer!

Paga-se na doença
E até o direito de nascença
De, em paz, morrer!

(João Paulo Moço)

Tempos Injustos


Um sonho em construção
Exige paciência e tempo;
Trabalho e comprometimento,
Para a sua realização!

E, depois de realizá-lo
Ainda é preciso merecê-lo;
Lutando para mantê-lo
E não apenas desfrutá-lo!

Inversamente ao da sua conquista,
É o tempo que um oportunista
Leva na destruição do que é seu!

E, de nada adianta lamentar!
Apenas a injustiça encarar,
Recomeçando, rumo ao apogeu!

(João Paulo Moço)

terça-feira, 9 de abril de 2013

A Paz

Quem não é agraciado pela paz,
Prova o veneno que a guerra traz;
Vê ofuscado o brilho da vida!
Torna-se a nascente de um rio
Repleto de lágrimas, e o frio
Abraça alma triste, sofrida!

Sem paz, os sonhos se vão
Para longe do alcance da mão
E a paz torna-se o único sonho!
Ela sustenta o impossível
Realizar de aventura indizível,
Esperança de presente tristonho!

Então, desejemos a serenidade!
Numa construção de verdade,
Para que jamais se desfaça!
Pois somos repletos de anseios,
Cultivemos com gama de meios,
Num futuro repleto de graça!

(João Paulo Moço)

A Sua Ausência

Longínquo, o pensador
Já encarava o mundo;
Num olhar profundo
De imenso ardor!

Ele vê a escuridão
Como a ausência de luz;
Privar da liberdade conduz
À tenebrosa escuridão!

O mal que a guerra faz
Não passa de ausência de paz:
Até o mais tolo vê!

E hoje, tenho a certeza:
A minha amarga tristeza
É a ausência de você!

(João Paulo Moço)

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Somos Todos Iguais

Sentes uma enorme ânsia
De vômito, debaixo das marquises;
Suas putas são ótimas atrizes,
Sentem o mesmo à tua repugnância!

Moram naquele forte odor
Os mortos que caminham;
E mesmo enquanto definham,
Degustam migalhas de amor!

Que tu nunca há de ter,
Por tal riqueza não merecer:
Só conhece o que compra o dinheiro!

Com sua morte, virá a lição:
Até um príncipe, com toda distinção,
Não escapa de apodrecer por inteiro!

(João Paulo Moço)

Um Breve Sonhar

Dormi no ponto!
O sono em mim;
Parecia não ter fim:
Pairei num belo conto!

Ele era tão real
Que eu podia até voar;
Ou simplesmente descansar
Num paraíso sem igual!

E, logo acordei,
Como um raio, voltei
A dura realidade!

Atrasado, preciso correr
Querendo tornar a esquecer
Minha vida e verdade!

(João Paulo Moço)


O Dilema

Oh! Formosa dama!
A tua nobre casta
Cria uma distância vasta
Deste que tanto a ama!

Vivo um cruel dilema,
Estando ao seu lado;
Pensamento se faz alado,
Sobre esta ambígua cena:

Tenho como pleno e certo
Você aqui, bem perto,
Fazendo-me muito feliz!

Mas, pergunta-me a tua beleza
Se mereço gozar da nobreza,
Da mulher que sempre quis!

(João Paulo Moço)

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Primavera

Lá vem a Primavera
Em visita costumeira!
A pontual marinheira
Aporta em tua quimera!

Adentra a tua festa
E, dos olhos, quer saber;
Das conquistas a oferecer,
Da batalha que te resta!

Um ciclo renovado,
Revestido de dourado!
Esperança divinal

É deixada em sua porta
E, da felicidade, corta
A fita inaugural!

(João Paulo Moço)

Vá Embora!

Os meus olhos só te veem,
Dançando ao meu redor;
Sugando o futuro melhor,
Matando os que creem!

Tu moras na injustiça,
Na oportunidade perdida;
Na agressão sofrida,
Indignidade fronteiriça!

Maldita! Tu vens a mim
Desejando o meu fim!
Vestes a falsa beleza,

Obscura, doente e mórbida,
Realidade plenamente sórdida:
Afasta-te de mim, tristeza!

(João Paulo Moço)

terça-feira, 2 de abril de 2013

Eu, Imperfeito

Se canto a escravidão,
É porque sou cativo!
Só canto o que vivo
No oculto do coração!

Se canto as mazelas,
Narro parte de mim!
Meus versos, o clarim,
Minh'alma, podres vielas!

Defendo o seu querer,
Bem como o seu dizer
E o direito de fazê-lo!

Não confunda meu penar
Ao rechaço do teu pensar:
Não sou divino nem quero sê-lo!

(João Paulo Moço)

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Minha Ilha

Ouço vozes
Mas, estou só;
Desatando o nó
Noutras doses!

Queima a goela
Um uísque barato;
Encaro o fato
Na viela!

O calor
Intenso, exala
Um odor

Da alma que cala,
Sem amor,
Sem dor, sem nada!

(João Paulo Moço)

O Teu Nascer

E raiou o dia
Escolhido para ver;
Seu brilho florescer,
Semeando a alegria!

Cintilante como a lua
Nos braços da Mãe Terra;
Trazendo o amor, encerra
A tristeza, princesa nua!

Oh! Doce criança!
Dos corações, esperança!
Nobreza de gente simplória!

Tu deste ao mundo
O mais pleno deslumbro,
Enchendo-o de glória!

(João Paulo Moço)