Aquele agosto, eu sempre maldirei
Período de realidade trágica!
Nele, como num passe de mágica
A África tragou o nosso rei!
Alcácer-Quibir foi o palco
Onde os portugueses sangraram;
E o último suspiro exalaram
Entregues ao poderoso assalto!
Mas tu, não morrestes!
E ainda há de regressares!
Pois, em nobre terra nascestes!
E com forças seculares,
Ao povo que tanto amastes,
Ei de ver tu libertares!
(João Paulo Moço)