terça-feira, 13 de agosto de 2013

As lágrimas da Flor


As lágrimas da flor
Inundam toda terra;
No peito se encerra
Uma lancinante dor!

Palavras, ela as repudia!
Quer seu próprio jardim,
Um herói, entrega sem fim,
Sonho feliz, um novo dia!

Lembra dos ventos fortes
E do amor tão ausente
Que quase foram sua morte!

Quer findar-se, num repente!
Não chorar mais a pobre sorte:
Tristeza é tudo que sente!

(João Paulo Moço)

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Fonte de Inspiração


Ah! Minha linda princesa!
De rara e pura beleza!
Meu pensamento, em ti,
Só sabe sonhar, sorri!

A minha inspiração?
Não veio do coração!
Veio de ti, meu amor!
A quem clamo com fervor!

Tão longe, tu estás!
Minh'alma, em pranto,
Só deseja a paz!

Universo em desencanto
E nosso amor quer mais:
Nós dois em acalanto!

(João Paulo Moço)

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Frustração


A mais perfeita ironia
Para quem ama o silenciar;
É ser sempre impelido a falar
E viver em horrenda sinfonia!

O sonho num estalar de dedos:
Ao cume da montanha mais alta;
E dos murmúrios não sentir falta,
Não carregar o fardo dos segredos!

Uma vivência exclusiva da mente
Que finge ou já nem sente
As mazelas que a sociedade traz!

E vive a triste frustração
De ser levada pelo turbilhão,
Quando só quer estar em paz!

(João Paulo Moço)

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Proteção Divina


Sei que alguns desejam meu mal
E que outros querem me condenar;
Fazer-me sofrer e cascatas chorar,
Tornar-me sem gosto, um inútil sal!

"Que ele traia o seu ideal!",
Vivem a seus deuses clamar;
Pedem o meu último exalar,
Que eu beba o veneno letal!

De olhos fechados, peço piedade
Em especial aos inimigos meus:
Aniquile toda e qualquer maldade!

Mas não só a eles: também aos seus!
Pois sou guiado na mais pura verdade:
O Poder Libertador do Meu Deus!

(João Paulo Moço)

domingo, 4 de agosto de 2013

O Meu Lar


Ali, entre as árvores, eu me vi
Brincando tão puro e inocente;
Com sonhos nobres na mente
E luzes vibrantes, cheias de si!

A aranha e sua teia complexa,
Os cães de guarda a ladrar:
A natureza simples a bailar
Deixava tal criança perplexa!

E ali também eu chorei!
Pois aquela criança, eu sei,
Não pode ouvir minha prece!

A muralha do tempo nos separa!
"Era livre! Veja ali! Te encara!
Para ser quem você quisesse!"!

(João Paulo Moço)

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Companheira Solidão


Numa noite, você foi embora
Mas, o amor aqui ficou;
E na casa apenas restou
A saudade que minh'alma chora!

Lembro-me, olhando o pó,
Que as nossas solidões
Protegiam-se nos corações!
E hoje? Minha solidão é só!

O tempo ofuscou sua imagem
E a solidão tornou-se um gigante;
Meu único prazer e amante!
Deus! Sou fera selvagem!

Por não ter mais a perder,
Acabei por perder o medo:
Das tormentas, descobri o segredo,
A noite transformou-se em meu ser!

Por instantes, sinto-me povoado
Novamente, quando nossas músicas
Ecoam como tristes súplicas:
Lembranças de um feliz passado!

Logo se vão:chegam ao fim!
Então, miro o meu interior:
Não há espinho nem flor,
O nada fez morada em mim!

(João Paulo Moço)

O Lado "Certo"


Temos sede de saber!
Seja na fé ou na ciência;
Perseguimos a sapiência,
Sem muito a merecer!

Soberbos tornam-se os egos,
Corações amanhecem cegos:
Muitos, conhecendo demais,
Esquecem que são todos iguais!

E, sedentos de glória e razão,
De várias formas se agridem,
Sem mais reconhecer o irmão!

Mesmo que não se aceitem,
Oh! Tolos! A vossa destruição
Brada feliz: "Não se respeitem!"!

(João Paulo Moço)