Você desejou tanto o Sol
Que esqueceu de provar
A chuva.
Dedicou-se tanto às previsões,
Quando a chave era o simples molhar
Da chuva.
Deu tanto valor às distâncias
Que não sentiu o meu tocar
Na chuva.
Passou noites em claro
Com remorsos por não pecar,
Guarda-chuva.
Não viu a intenção divinal
De nossas almas lavar
Com chuva.
E que o frustrar do não saber
Era o entendimento à mandar
Mais chuva.
Mas, não se preocupe: sempre há
Bom tempo de se reconciliar
Com a chuva.
(João Paulo Moço)
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